O que começou como uma forma de ampliar os lucros do tráfico na Rocinha pode ter se tornado um problema para John Wallace da Silva Viana, o Johnny Bravo, chefe do Comando Vermelho (CV) na favela carioca,
Segundo o Ministério Público do Ceará, ao oferecer abrigo a líderes da facção vindos de outros estados, Johnny Bravo não apenas arriscou a segurança de sua base, como também comprometeu o funcionamento do próprio comércio de drogas na região.
De acordo com o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP do Ceará, os chefes do tráfico pagavam R$ 100 mil para se esconder na parte alta da Rocinha. Não se sabe, no entanto, se o valor era cobrado por semana ou por mês.
Durante a operação, agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), na Rocinha, encontraram uma mansão de alto padrão, com piscina aquecida, cascata, área gourmet, academia, sinuca e deck com vista panorâmica.
O imóvel pertenceria a Anastácio Pereira Paiva, conhecido como Doze ou Paizão, de 36 anos. Segundo o Gaeco, ele é o número dois na hierarquia do CV no Ceará, responsável pela região de Santa Quitéria, o maior município em extensão territorial do estado.
Outros líderes cearenses com posições intermediárias no CV também estariam refugiados na Rocinha, entre eles Bruno Félix Castro, Carlos Luiz da Costa, Jairo Morais de Vasconcelos e Álvaro Luiz Martins.
A inteligência do governo fluminense também aponta a presença de criminosos de estados como Goiás e Pará abrigados na comunidade. da Zona Sul.
FONTE: Portal dos Procurados do Disque Denuncia