O traficante do Comando Vermleho que teve captada pela Polícia Federal dizendo que o representante de uma autoridade teria pedido a um membro da facção trégua nas guerras e roubos no Rio durante o G20, vulgo Naldinho, tinha posição de destaque dentro do Comando Vermelho.
Ele se intitulava “porta voz” das cadeias do estado do Rio de Janeiro/RJ e afirmava a todo momento que ele e mais cinco criminosos seriam os responsáveis pela região Sul Fluminense no que diz respeito à distribuição de drogas, ordens para execuções e castigos corporais, registro de novos pontos de drogas e recolhimento da “caixinha” paga para a facção criminosa.
A quadrilha de Naldinho age pelo menos desde 2013 em Resende e Volta Redonda, e posteriormente em outras localidades, incluindo as dependências de estabelecimentos prisionais onde alguns dos agentes se encontravam presos,
O bando recebia remessas de drogas da comunidade do Parque União, no Complexo da Maré.
A associação em apreço contava com a liderança de membros atualmente inseridos no sistema carcerário estadual, situação na qual também se encontram outros integrantesinferior escalão, o que evidenciou que unidades penitenciárias funcionavam como verdadeiros escritórios a serviço da criminalidade, sendo certo que os denunciados se comunicavam precipuamente por meio de linhas telefônicas.
O bando agia com violência e grave ameaça contra aqueles que se afastassem de suas diretrizes, ou que intentassem o comércio autônomo de drogas em áreas consideradas sob o seu domínio, recorrendo inclusive à prática de homicídios .
Ademais, diversos diálogos telefônicos travados entre os denunciados evidenciaram o habitual emprego de armas de fogo na venda de entorpecentes
Naldinho é ao lado de Tio 10 como sendo as principais lideranças do Comando Vermelho na região Sul Fluminense, restando evidenciada a expansão gradativa deste domínio territorial para a venda de entorpecentes.
Mesmo preso, Naldinho comanda vários pontos de venda de entorpecentes na cidade de Resende/RJ e região, além, de ordenar assassinatos de desafetos, evidenciando tratar-se de indivíduo de alta periculosidade.
Para realizar o controle da venda de entorpecentes, Naldinho realizou vários contatos telefônicos, bem como através de mensagens escritas, especialmente com Tio Dez, Marcelo, Juninho, Dentão, Juninho Matias, Nega, Tiago, Léo Russo, Márciko Soldado, Marcola, Rafael Papel, Diego, Valter Baby.
Como representante do CV no Sul Fluminense, Naldinho é o responsável pela cobrança da “caixinha” paga para a facção (…)
Um dos redutos do bando é a região da Grande Alegria, formada pelas localidades de Baixada da OLaria, Itapuca, Área de Lazer, Nova Alegria, Vila Aliança e Mutirão). O local e outros bairros dominados pela facção Comando Vermelho vinham sofrendo com o aumento da violência imposta pelos traficantes que estabeleceram a “Lei do Silêncio” em seus domínios, utilizando-se de armas de fogo de grosso calibre, como fuzis, pistolas e até granadas para atingirem seus objetivos.
A quadrilha usava o grupo de Whatsapp ‘Um por Todos”para evitar prisões e apreensões de drogas e armas de fogo, além de ataques de traficantes rivais.

Ele ordenou a morte do traficante Russinho por suspeitar que ele tivesse repassando informações para a PM. Mandou também a execução dos vulgos Baby e Chiick, orientando seus subordinados a não “assustarem” as futuras vítimas para que elas não percebam que na verdade estariam à beira de ser executadas.
Naldinho repreesentava 50% do domínio da estrutura administra os carregamentos de drogas, compras e pagamentos, tudo que gira em torno do numerário do tráfico, ao passo em que ‘Tio Dez”, ficava à frente do pessoal, da segurança da área e’ do controle dos pontos de venda de droga.
FONTE: TJ-RJ e STJ