Um dos presos no assassinato do motorista de aplicativo Vagner Santos Ferreira, de 39 anos, no início desta semana em Senador Camará, Matheus Ferreira dos Santos contou que no dia 26 de maio estava em casa, em Bangu,, quando, por volta das 19hs recebeu uma ligação de Hiago Sirino, o outro preso, dizendo “Brota aqui no Fundão””;O fundão” é um local conhecido localizado no encontro das ruas Manoel Borba com Rua Almáquio Diniz, em uma rotatória, entre a linha do trem e o canal, nessa localidade existe uma cocheira de cavalo;
Matheus, então, se dirigiu ao local onde encontrou Hiago e outros dois homens_ Fabinho e Breno.
Hiago, Fabinho e Breno falaram que iriam roubar um Uber e que iriam vender o carro na comunidade da 48, em Bangu, não sabendo informar quem seria o comprador.
Fabinho havia conseguido uma arma de fogo, modelo pistola preta, não sabendo informar o calibre. A arma de fogo estava em posse de Breno que a repassou para Matheus.
O depoente embarcou na motocicleta de Fabinho, e Breno embarcou na motocicleta de Hiago e todos foram para a estação de trem de Senador camará;. Matheus e Breno o embarcaram no trem e saltaram na estação de Realengo por volta das 21hs.
Fabinho e Hiago ficaram aguardando no “Fundão”; Eles foram os responsáveis por pedir a corrida pelo aplicativo, não sabendo informar qual foi o aplicativo de transporte que foi usado;
Já na estação de Realengo, Matheus estava na ligação com Fabinho que o orientava sobre qual o modelo do veículo que atendeu a chamada, bem como sua placa. O carro era da marca Hyundai, modelo HB20, cor preta.
Ainda estava na ligação com Fabinho quando o veículo Hyundai, cor preta chegou ao local de embarque, estação de trem de Realengo.
No momento em que Matneus e Breno embarcaram no veículo, o depoente sentou logo atrás do motorista e Breno sentou-se atrás do banco do carona.
O motorista perguntou o nome da solicitante, Matheus passou o telefone para Breno que perguntou ao Fabinho qual seria o nome da solicitante.
Em seguida Breno respondeu ao motorista de aplicativo que o nome da solicitante era de uma mulher, mãe de Hiago;
Eles fizeram a viagem até o local onde ocorreu o homicídio, Rua Júlio de Melo, Senador Camará, e, durante todo o trajeto, o depoente falou ao telefone com Fabinho que foi passando instruções de como seria o roubo; Fabinho falava “Pega o telefone e faz o pix, pega a carteira.
Disse que o resultado do roubo seria dividido entre os quatro envolvidos. Apesar do combinado que era Fabinho e Hiago estarem no local onde ocorreu o homicídio, os mesmo não estavam.
O motorista parou o veículo e, segurando a arma com a sua mão direita, Matheus a encostou na cabeça do motorista e anunciou o roubo.
Nesse momento disparou a arma que atingiu a cabeça do motorista, em seguida Matheus e Breno desembarcaram do veículo e fugiram do local;
Matheus e Breno foram até o fundão onde encontraram com Fabinho e Hiago. Breno pegou a arma do declarante, retirou o carregador e, em seguida, entregou a arma para Fabinho; Após falarem o que havia acontecida para Fabinho, o mesmo falou para todos irem para suas casas.
Hiago falou para todos apagarem tudo que havia nos aparelhos de celular e jogar o chip fora, Matheus apagou as conversas que havia e quebrou o chip. Ele foi para sua residência localizada na rua Imaruí, em seguida foi para a residência de Hiago;
Breno ficou com os pertences da vítima e colocou na mochila pois ia fugir. Matheus também pretendia fugir junto com o comparsa.
FONTE; TJ-RJ