A Justiça enviou ofício à Secretaria de Administração Penitenciária para que envie dados do monitoramento da tornozeleira eletrônica usada por um vapor do tráfico suspeito de cometer um homicídio em São Gonçalo. Os resultados deverão ser entregues para a Delegacia de Homicídios da região prosseguir com as investigações sobre o assassinato.
A vítima foi Victor Guilherme Lima Vianna, cujo cadáver foi encontrado em 11 de janeiro de 2025, por volta das 03 horas e 20 minutos, na Rua Salvatori, nº 1532, bairro Centro em São Gonçalo.
O corpo de Guilherme, vítima de disparos de arma de fogo, foi achado no interior de um caminhão baú pequeno, da marca da Volkswagen, placa QYB-1C24, modelo 5-140 e cor branca.
Uma testemunha contou que soube por meio de populares, que não quiseram se identificar por receio de represálias do tráfico , vulgo “Feio”, que exerce a função de vapor no tráfico, teria sido o executor dos disparos que atingiu a vítima e teria dito na comunidade Malafaia que “era doido pra pegar ele, agora eu consegui”.
O suspeito estaria emliberdade condicional, pois anda com tornozeleira pela comunidade.
Declarou ainda que no dia do fato Guilherme havia ido comprar droga em uma boca da Comunidade Malafaia, onde estavam, além de Moisés, os indivíduos vulgos Stive e Bernah Guinancio Patrizi e o vulgo “DVD”, que trabalha como “recolhe” para as bocas de “Paulinoh Madureira”, liderança local.
A polícia apresentou relatório final indiciando os três suspeitos pelo crime “
Ocorre que o Ministério Público, entendeu ainda existirem diligências relevantes a serem realizadas com vistas à plena formação do caso, inclusive para confirmação da informação de que o indiciado vulgo “Feio”, usava tornozeleira eletrônica, para, em seguida, avaliar a medida de afastamento do sigilo de dados de monitoramento eletrônico.
Em prosseguimento às investigações, foi acostada aos autos do IP informação do Setor de Controle Inspeção e Fiscalização e Monitoração Eletrônica da SEAP no sentido de que Feio teve a sua monitoração eletrônica iniciada em 08 de julho de 2024, cujo equipamento encontra-se ativo e comunicando normalmente até o presente momento.
Diante disso, o Ministério Público ”’requereu a quebra de sigilo para obter dados de geolocalização do monitoramento dos dados da tornozeleira eletrônica do indiciado Moisés de Souza Carvalho, vulgo “Feio”, relativos aos dias 10 e 11 de janeiro de 2025, frisa-se dia anterior e dia do encontro do cadáver da vítima, a fim de analisar se o indiciado estava próximo ao local dos fatos a reforçar os indícios sobre sua participação do crime em apreço.
Assim, para a obtenção dos referidos dados, para fins de identificação de autoria delitiva e prosseguimento frutífero das investigações, mostra-se imprescindível a quebra de sigilo de dados.
FONTE: TJ-RJ