Durante esses últimos dias, a imprensa carioca noticiou a falência da GAS Consultoria, empresa de propriedade do criminoso Glaidson Acácio, conhecido como ‘Faraó dos Bitcoins’, que está preso.
A firma foi envolvida anos atrás em um esquema de suposta oferta pública de contrato de investimento, pretensamente sem prévio registro, vinculado à especulação no mercado de criptomoedas, com previsão de retorno financeiro de 10% sobre o capital investido, com remessa do proveito financeiro de duvidosa legalidade para o exterior, que contaria com a participação de pessoas físicas e sociedades empresárias supostamente vinculadas ao Faraó dos Bitcoins e sua mulher, responsáveis pela GAS.
Glaidson e seus comparsas comandavam uma pirâmide financeira, constituindo crime contra o sistema financeiro.
Um cliente, por exemplo, celebrou um contrato com a GAS iara o investimento em criptomoedas do montante de R$13.000,00 (treze mil reais), divididos em dois contratosde R$5.000,00 (cinco mil reais) e R$8.000,00 (oito mil reais), respectivamente.
O contrato entabulado visava a obtenção de rentabilidade por intermédio das moedas. A rentabilidade do esquema não era a partir de lucro com investimento em criptoativos, ela advém dos novos aportes e com uma remuneração muito alta, as pessoas são estimuladas a reaplicar o dinheiro que elas ganham
Entretanto, na data de 24 de agosto de 2021 – pouco mais de um mês após a assinatura dos contratos – a pessoa foi surpreendida quando o grupo econômico ganhou as manchetes dos jornais por meio da operação da Polícia Federal batizada de Operação Kryptos, momento em que foi apreendido mais de R$ 150 milhões sob a acusação de que Glaidson e comparas na verdade foram articuladores um esquema de pirâmide financeira, o que constitui contra o sistema financeiro.
A partir daí, a empresa deixou de honrar os compromissos avançados entre as partes utilizando-se do argumento de que não mais se tinha possibilidade de realizar qualquer tipo de pagamento em função de bloqueios sofridos por determinações judiciais, restando os valores inadimplentes desde o início da Operação Kryptos.
Argumentaram ainda que mesmo com a rescisão contratual entre as partes não possuem qualquer outro modo de devolver o valor primitivo investido.]
Glaidson foi acusado de contratar um grupo para eliminar concorrentes no mercado de bitconis.
Um deles sofreu tentativa de homicídio, mediante disparos de arma de fogo contra a vítima em via pública em horário de grande circulação de pessoas.
A vítima narrou que a arma de fogo ´falhou´ quando o autor tentava efetuar mais disparos, motivo pelo qual recebeu golpes com a arma (´coronhadas´) na cabeça
A vítima teria enviado mensagem para diversos clientes ´investidores´ sobre uma matéria noticiando que a empresa concorrente G.A.S. estaria sendo investigada pelo Ministério Público e que deveria quebrar até o fim do ano, sugerindo que pessoas ‘retirassem’ o dinheiro lá investido, pois as contas da G.A.S. seriam bloqueadas, estando, ‘a de Búzios’, já bloqueada.
A vítima atuava como ´Operador de Investimentos´ em moedas de bitcoin e no mês em que fora vitimado estaria em débito com alguns ´investidores´, entretanto sem se apurar possíveis ameaças.
FONTE: Superior Tribunal de Justiça