Preso na última sexta-feira em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, principal líder do PCC que estava em liberdade, correu risco de ser expulso e até morto pela facção anos atrás.
Na época, foi enviada uma carta de um suposto integrante da facção a um promotor de Justiça que dizia
“Nessa operação contra o Tuta isso fará com que o Tuta seja excluído do PCC e será alvo fácil pos perderá o apoio da facção e corre o risco de morrer na mão da própria facção”.
Tuta teria assumido a chefia do PCC após “Marcola” e outros 21 integrantes da liderança da facção terem sido transferidos, em fevereiro de 2018, de presídios de São Paulo para o Sistema Penitenciário Federal.
Tuta estava foragido desde 2020 detido por uso de documento falso em Santa Cruz de la Sierra.
O diretor-geral da Polícia Federal, informou que o escritório da Interpol na capital federal — que é uma coordenação dentro da Diretoria de Cooperação Internacional da PF — foi acionado para checar suas bases de dados e informar com precisão à polícia boliviana a respeito da pessoa que estava se apresentando com documento falso.
“Imediatamente foi feita a checagem e aqui eu ressalto a importância, uma vez mais, da nossa base de dados biométrica, que permitiu praticamente em tempo real retornar a informação ao nosso oficial de delegação lá em Santa Cruz de la Sierra e aos colegas da Polícia da Bolívia, informando tecnicamente quem era exatamente aquela pessoa que estava ali e, com isso, permitindo que a polícia boliviana fizesse a detenção dessa pessoa”, ressaltou.
Após feita a identificação do foragido, a Polícia Federal comunicou o êxito da captura ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). “O ministro Ricardo Lewandowski também, pela relevância do caso, informou ao presidente Lula e ao nosso chanceler, embaixador e ministro Mauro Vieira, que prontamente acionou a nossa missão diplomática na Bolívia para que acompanhasse o caso e prestasse todo o apoio às nossas unidades naquele país”, afirmou Rodrigues.
FONTE: Tribunal de Justiça de São Paulo e Governo do Brasil