Segundo investigações da Polícia Federal, as drogas que abastecem traficantes dos grandes centros brasileiros como Rio de Janeiro e São Paulo chega ao país de três maneiras:
Por via terrestre na fronteira seca, principalmente através do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Acre. A entrada mais ativa é por Ponta Porã (MS), na fronteira com Pedro Juan Caballero (Paraguai).
Os entorpecentes entram no país também via fluvial pelos rios da Amazônia, como o Solimões e o Madeira, que são usados por narcotraficantes para escoar drogas do Peru e da Colômbia.
Há também casos de chegarem por via áerea quando pequenas aeronaves carregadas de drogas pousam em pistas clandestinas em fazendas do interior, especialmente no Centro-Oeste.
Estima-se que 70% da cocaína consumida no Brasil venha pela fronteira com o Paraguai e Bolívia.
O Porto de Santos também é usado por facções para exportar drogas para a Europa, especialmente via contêineres.
Já as armas ilegais que abastecem facções criminosas e milicianos vêm principalmente de dois tipos de fontes:
Um deles é o contrabando internacional. O Paraguai é a maior rota de entrada de armas ilegais no Brasil. O país tem leis de controle mais frouxas, e cidades como Ciudad del Este são polos de comércio clandestino.
As armas entram pela fronteira com Foz do Iguaçu (PR), Ponta Porã (MS) e são distribuídas para todo o país.
Os criminosos também são abastecidos por furtos e desvios de arsenais legais, como os das polícias, Exército e seguranças privadas, além de fabricantes e colecionadores (CACs) mal fiscalizados, cujas armas caem nas mãos de facções criminosas.
Uma vez dentro do território brasileiro, drogas e armas seguem para os grandes centros por meio de caminhões, carros e ônibus, muitas vezes escondidas em cargas regulares.
Um dos principais corredores são as rodovias BR-163 e BR-262 que cortam o Mato Grosso do Sul e ligam a fronteira com São Paulo.
Outra estrada muito usada é a Rodovia Régis Bittencourt (BR-116): liga o Sul do país ao Sudeste, utilizada por caminhões que vêm do Paraguai e Argentina.
E a principal delas, a Rodovia Presidente Dutra: faz a ligação direta entre São Paulo e Rio de Janeiro — muitas armas e drogas que chegam ao Rio passam antes por SP.
FONTE: Polícia Federal