A polícia esclareceu a motivação de uma chacina ocorrida em Realengo em setembro do ano passado e a Justiça decretou a prisão preventiva de um suspeito de envolvimento no crime.
Na ocasião foram mortos Carlos Eli Gil de Almeida, Márcio Rodrigues Silva e Gabriel Willian Nascimento da SIlva.
O suspeito com prisão decretada monitorou as vítimas na entrada da vila de casas, se comunicando ao celular, abriu o portão para os executores ingressarem na vila, assegurando o acesso do automóvel SUV escuro de ré ao local, aguardou a consumação dos crimes na entrada da vila com sua motocicleta e empreendeu fuga na mesma direção dos executores.
Os crimes foram cometidos por motivo torpe, eis que praticados por vingança abjeta, pois no contexto de “guerra” do narcotráfico, uma vez que a vítima Gabriel havia trocado de organização criminosa, o que desagradou os criminosos e seus comparsas, além de estar praticando roubos a veículos.
Os crimes foram cometidos mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, haja vista que foram monitoradas previamente, cercadas em uma vila de casas sem saída, alvejadas de inopino, por número excessivo de disparos.
Segundo a Justiça,e foram utilizadas armas de fogo calibre 7,62×51 e calibre 7,62×39.
Uma testemunha afirmou que Carlos Eli era mecânico, utilizando a parte de baixo do imóvel como oficina, era usuária de entorpecentes, mais especificamente, cocaína, não sabendo informar onde ele adquiria esse tóxico, pois, próximo ao seu endereço, há diversas comunidades que vendem o produto;
Carlos não possuía desavenças no local, dívidas ou qualquer inimizade que tenha comunicado à testemunha; A vítima consertava veículos que eram levados por qualquer pessoa, não sabendo informar se os que os que Gabriel, vulgo GB era fruto de roubo;
Sobre Márcio, a testemunha afirmou que ele teria sido chamado por Gabriel para ajudar no reboque de um corsa prata até a oficina, não sabendo qual seria a origem desse carro;
A testemunha afirmou que o suspeito que teve a prisão decretada tinha uma rixa com Gabriel uma vez que ambos eram de uma sendo que GB teria sido expulso, indo integrar outro grupo criminoso;
GB tinha ganho liberdade prisional três meses antes do crime.
A testemunha disse que no dia dos fatos ouviu alguém gritar, “Vamos embora, vamos embora) momento em que se debruçou para ver o que tinha ocorrido, visualizando uma Palio roxa do toda crivada de disparos e um dos executores, que tinha um rádio na cintura, uma guia vermelha e branca e portando uma arma longa;
Falou que o mesmo teria recarregado a arma em sua posse e se dirigido à entrada da sua casa, efetuando novos disparos que levaram a óbito GB, uma vez que esta vítima teria corrido para este local;
FONTE: TJ-RJ