Traficantes da Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio, tinham um grupo no aplicativo Whatsapp, denominado “Bonde do Rogério 157 CV” , com 142 integrantes que foi criado para informar aos criminosos sobre as ações das polícias do Rio de Janeiro, bem como para tratar de assuntos pertinentes à organização criminosa atuante na Rocinha e em áreas sob sua influência,.
A informação faz parte de uma investigação de anos atrás que destrinchou o outro lado do tráfico na comunidade, um dos mais lucrativos da cidade do Rio de Janeiro.
O inquérito revelou, por exemplo, que um bandido vulgo Pingo que começou como vapor na na região da Vila Verde e cumprindo determinações de “Inseto” e de “Jabá”, foi promovido a gerente da boca de fumo.
O traficante Baianino ou Balaiada fazia alertas sobre a movimentação das forças policiais e determinações para que um “menor” vá pegar um “negócio” no Valão (localidade de uma das bocas de fumo no interior da Rocinha). Ele determinou represálias a uma comerciante que abriu uma lanchonete no interior da comunidade e tem atendido diversos policiais militares – “diz que tem que chamar essa mulher e mostrar para ela que ela não pode fazer amizade com polícia não.
Dodinha era um dos seguranças da atividade de traficância, em verdade, uma representação do braço armado da criminalidade, com atuação predominante na parte alta da comunidade em localidade conhecida como “Portão Vermelho”. Não obstante, há informações da inteligência, que ele atua também como um dos seguranças do líder da organização na Rocinha, o traficante Nome, o “Johny Bravo”.
Caiquinho ocupava destaque dentro da hierarquia do tráfico de drogas na Rocinha. Ele foi conduzido a delegacia pelo qual confessou espontaneamente participar do tráfico de drogas na Rocinha, de forma a atuar na região conhecida como “Valão”, sempre armado de uma pistola Glock e um Fuzil G3.
Inseto postava fotos em suas redes sociais portando fuzil, que somente é fornecido a alguém de confiança da organização criminosa.
Anderson foi flagrado pedindo para uma criança pegar duas pistolas na Via Ápia em troca de” um dinheiro “.
Os investigados estabeleceram uma rede criminosa, com divisão de tarefas e comunicação entre os membros, com o intuito de promover a circulação ilícita de substâncias entorpecentes,. Tais atividades ilícitas foram executadas de maneira deliberada e planejada, com a clara intenção de obter lucro por meio da venda de substâncias proibidas, expondo, dessa forma, a grave ameaça à ordem pública e à segurança da comunidade
FONTE: TJ-RJ