Os homicídios cometidos pelo Novo Escritório do Crime eram chamadas de missões.
AS missões quais seriam executadas mediante recompensa aos assassinos.
Em uma conversa monitorada, o PM Bruno Estilo, um dos integrantes do bando, disse que ‘toda hora tinha uma missão “Nunca vi tanta gente para morrer”
Sobre as execuções, Estilo mandou o seguinte recado para André Boto, outro envolvido com a quadrilha
“Se eu soubesse disso naquela época eu tinha ido mais vezes, ia ganhar muito mais. Dessa vez eu não ganhei nada, só o pagamento normal.”
Um outro integrante do bando falou que Estilo participa de um grupo criminoso que é comandado em primeiro grau por Rogério Andrade e tem uma vertente, por ele integrada, que é liderada por Flávio Pepe e por Thiago Soares Andrade Silva, o Batata, e também com a participação de Papa ou 2P. ,
Ele afirmou que todas as mortes que ocorrem a mando de Batata eram realizados pelo ‘Novo Escritório do Crime”, cujos integrantes se valiam da posição de Estilo como PM para conferir segurança à atividade criminosa.
Segundo seu relato, Papa era o mais cruel, ele que executava. Bruno Estilo dirigia os carros usados nos crimes porque como é PM, em caso de cotrratempos, podia dar carteirada.
O grupo criminoso utiliza fuzis calibre 7,62 para a prática de homicídios, os quais são fornecidos por Boto e Batata.
Bruno, inclusive, foi até Curicica, reduto de Boto, buscar armas. O membro do grupo disse que eles pegaram três fuzis calibre 762, todos Fal. além de 30 carregadores, todos municiados. As armas na ocasião, foram levadas para o Catiri, em Bangu.
O bando sentia prazer em matar e desejava o fazer da forma mais violenta e cruel possível. É o caso, inclusive, do episódio em que Rodriguinho” disse para o também Estilo” providenciar o “62” (em referência ao fuzil de calibre 7.62), pois queria “estragar” a vítima
Tal estrago, no caso concreto, fora efetivamente verificado, na medida em que a vítima Neri Peres Júnior foi atingida por 36 (trinta e seis) disparos de arma de fogo, os quais foram disparados justamente por fuzil de calibre 7.62 e, ainda, por pistola de calibre 9mm.
Neri tinha ligação com o miliciano Orlando Curicica e haveria por parte dele a intenção de assumir o domínio da milícia atuante em Realengo, que anteriormente era comandada pelo policial militar Luiz Henrique Carvalho, que teria morrido em maio de 2021
Antes do homicídio de Neril, Bruno estava sem dinheiro. Após o crime, estava com muita grana tanto que fez obra em sua casa e sua esposa botou silicone,
O grupo também tinha capacidade alta de exterminar testemunhas e destruir provas, além de, simplesmente desaparecer em fuga, conforme já consolidado em outras oportunidade.
FONTE: MPRJ