Um delegado afirmou à Justiça que o Complexo de Israel, na Zona Norte do Rio, é uma comunidade caracterizada pela execução e a incineração de suas vítimas.
Ele disse que na época que estava responsável pela delegacia da área era um número cada vez mais crescente… Até se perdeu
Disse que recebia mensalmente diversas informações de pessoas que eram consideradas inicialmente como desaparecidas e, na verdade, foram vítimas de homicídio e ocultação de cadáver.
Os bandidos costumavam desovar e se desfazer dos corpos na Baía de Guanabara.
Há seis anos a mãe de um jovem que trabalhava como radinho para o tráfico percorreu as bocas de fumo para saber do paradeiro do filho. Ela tinha a informação de que o filho Victor havia sido morto pelos criminosos após ser acusado de furtar o telefone celular de uma moradora da comunidade.
Teria havido uma discussão pública entre a vítima do desaparecimento e a vítima do crime patrimonial. E essa discussão teria sido presenciada por diversas testemunhas e chegado ao conhecimento do tráfico, da cúpula do tráfico da localidade.
Victor foi retirado de sua residência e levada a um outro local, onde foi subjugado por mais de uma pessoa.
Na mesma época, se acharam uma cabeça encontrada na praia de Tupiacanga e uma pélvica encontrada na praia da Bica, ambas na Ilha do Governador, mas não se confirmou que se tratavam de partes do corpo de Victor.
Por conta disso, o MP solicitou que ojuízo determine, com a máxima urgência, a juntada aos autos dos laudos periciais e exames técnicos do Núcleo de Cadáveres, referentes ao corpo da vítima, considerando a adequada instrução probatória e leve o traficante Peixão a júri popular pelo crime.
FONTE: TJ-RJ