O narcoterrorista Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, fora condenado em abril a 15 anos de prisão em regime fechado por um processo de 2017.
A acusação contra Peixão foi por conta de uma série de crimes cometidos a partir de 2016.de forma a distribuir cocaína, crack e maconha, na comunidade conhecida Cidade Alta, em Cordovil.
Já naquela época, Peixão era o líder do tráfico nas comunidades Cidade Alta, Vigário Geral e Parada de Lucas. O grupo usava a entidade como um instrumento de consolidação do poder de fato da organização criminosa sobre as pessoas da comunidade.
Coordenava as atividades ilícitas dos demais integrantes da organização. Controlava a execução de toda sorte de ilícitos penais na localidade.
Peixão indicou na época o nome do presidente da associação de moradores da Cidade Alta, que avisava aos traficantes sobre a movimentação de policiais.
Ele também distribuía dinheiro entre parentes de integrantes da organização que estavam presos.
Tinha figuras na sua quadrilha que atuavam para a solução de conflitos entre moradores da comunidade.
Seu bando já controlava na época a comunidade do Buraco do Boi, em Nova Iguaçu.
O grupo revendia drogas para consumidores de fora da comunidade e intermediava a compra de armamento de guerra e coletes balísticos.
Revistava moradores e determinava um “toque de recolher” imposto à comunidade.
A quadrilha na época pagava propina a policiais do 16º Batalhão da PMERJ para deixarem de reprimir o tráfico e, inclusive, facilitar a liberação de traficantes presos em flagrante delito.
Distribuíam cestas básicas provindas de empresários constrangidos a contribuírem com medo de represálias.
Integrantes do bando participavam de reuniões representantes da Comunidade no 16º Batalhão da PMERJ.
Integrantes do bando até traficavam drogas em presídios.
Os membros da organização exibiam aramamento de guerra, composto por fuzis e pistolas, e aterrorizavam a população que vive nas áreas por eles dominadas.
Os integrantes da organização criminosa, para consolidar o poder de fato após invasão do território, esbulhavam a posse de imóveis, expulsando moradores da comunidade.
Eles montavam um substancioso e violento esquema de contenção armada, inclusive com a montagem de barricadas pelas ruas da comunidade.
Apesar disso, já naquela época, várias operações policiais realizadas no período de dominação resultaram na apreensão de armas, munições, substâncias entorpecentes, objetos destinados à preparação da droga, telefones celulares, radiotransmissores e anotações da contabilidade do tráfico.
FONTE: TJ-RJ