Informações da Subsecretaria de Inteligência da PMERJ apontam que muitos fuzis que chegam ao território nacional em peças avulsas, também compradas nos EUA ao custo de aproximadamente R$ 6 mil, na cotação atual do dólar, depois de montadas por armeiros, são vendidas às facções criminosas por cerca de R$ 50 mil.
Dos 638 fuzis apreendidos durante o ano passado por policiais militares, 604, ou seja 94,68, foram fabricados no exterior.
De acordo com o levantamento da SSI, a maioria das armas de guerras retiradas das mãos de criminosos por policiais militares foi fabricada nos Estados Unidos, de onde foram contrabandeadas 295 unidades da plataforma Colt. Por ter licença para ser comercializada em outros países, o armamento da plataforma Colt entra de forma clandestina no Brasil pelas fronteiras de países sulamericanos, como Paraguai, Bolívia e Colômbia.
Além dos Estados Unidos, os fuzis apreendidos no ano passado no Rio foram fabricados também em outros países, como Israel, Alemanha, Áustria e República Theca. Um levantamento preliminar feito pela SSI, ao analisar a procedência dos fuzis apreendidos neste ano de 2025, mostra que 60% foram fabricados nos Estados Unidos, indicando uma tendência semelhante à constatada no ano passado.
Além da procedência dos fuzis, o estudo da SSI também mapeou o destino das armas apreendidas no ano passado no território fluminense, especialmente na região metropolitana. Dos 604 fuzis, 365 foram apreendidos em comunidades sob influência da organização criminosa Comando Vermelho. Os demais 239 fuzis, foram apreendidos em áreas sob influência do Terceiro Comando Puro (204), de milícias (48) e da facção Amigos
Para o secretário da SEPM, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, o trabalho incansável dos policiais militares, que apreendem uma média de quase dois fuzis por dia no estado, salva muitas vidas.
- A apreensão de fuzis hoje é um dos maiores desafios da Corporação no contexto da segurança pública do estado. Nossa tropa não vai esmorecer, mas é preciso alertar para a necessidade urgente de uma política de âmbito nacional e até internacional para deter o contrabando de armas, envolvendo outros atores da área de segurança – afirma o coronel Menezes.
AFONTE: PMERJ