A Polícia Civil pediu a prisão de Edgar Alves de Andrade, o Doca, chefão da facção criminosa Comando Vermelho pela sua aliança com Celso Luis Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, líder da ADA (Amigos dos Amigos), preso hoje.
Os policiais cumpriram também mandado de prisão contra o miliciano André Costa Bastos, o “Boto”, que está preso, e é outro vértice desta aliança entre as quadrilhas.
Boto, mesmo preso, negociou o controle da Vila Sapê, em Curicica, com Celsinho, permitindo a entrada da facção no território. Posteriormente, ficou comprovado que Celsinho também firmou um pacto com Doca para garantir a estabilidade do novo domínio. Esse acordo foi firmado também para que Doca pudesse expandir seu domínio para a Zona Oeste, usando as comunidades controladas por Celsinho, como “ponto de apoio” para as inovações.
“As investigações tiveram início em fevereiro, após a prisão de oito traficantes em Curicica. Todos os detidos eram oriundos da Vila Vintém e afirmaram ter sido enviados por Celsinho para ocupar a área, até então sob domínio da milícia. A operação policial revelou que a ocupação ocorreu sem resistência, apontando para um acordo entre os grupos criminosos”, esclareceu o delegado Marcos Buss, titular da 32ª DP.
Considerado um dos traficantes mais perigosos do Rio de Janeiro, Celsinho é fundador da ADA e possuía 52 anotações criminais. Mesmo após 20 anos de prisão, solto em 2022, continuava a liderar ações criminosas na Zona Oeste, com histórico de brutalidade, alianças estratégicas e envolvimento direto em rebeliões prisionais.
“A prisão é de suma importância no contexto da Operação Contenção, que começou com a prisão do responsável por treinar criminosos para confrontos, e com o bloqueio de R$ 6 bi da facção criminosa. Hoje, tiramos de circulação um marginal que jamais deveria ter saído da prisão”, pontuou o secretário Felipe Curi.
FONTE: Polícia Civil do RJ