Uma mulher que foi agredida pelo ex-companheiro na frente das duas filhas pequenas na Favela Parque União, no Complexo da Maré, o denunciou e ele foi preso está com medo de vingança por parte dos parentes do agressor, que são moradores de comunidade, que inclusive estiveram no hospital lhe procurando.
As agressões ocorreram no dia 30 de março. O homem, numa crise de ciúmes, deu um chute na moça e a derrubou no chão, ficando em cima dela e dizia “Desbloqueia o tablet sua fdp, piranha, vagabunda”
Enquanto a ofendia, o homem batia com um sapato em sua face, repetidas vezes, e ainda pegou uma madeira extraída do guarda-roupas e batia na vítima, socava sua barriga, puxava o cabelo dela;
A cabeça da moça ficou “mole” igual a uma “gelatina” de tanto socos e sapatadas que recebeu do agressor.
A filha do casal, de cinco anos, viu tudo e dizia em voz alta. “Para pai, você vai matar minha mãe.
Mesmo assim, o homem continuou a agressão. A filha de um ano também viu tudo mas devido a pouca idade, não falou nada.
A mulher desmaiou com a violência das agressões. Ela só se lembra de ter acordado no Hospital;
Contou que o ex-companheiro sempre foi um homem violento, não aceitando o fim do relacionamento do casal. Ele já agredira a declarante por outras vezes, desferindo um tapa tão forte no rosto da declarante que cortara sua sombrancelha, fato ocorrido há 1 (um) ano atrás, e a declarante decidira não fazer o registro policial;
A mulher disse que já foi centenas de vezes fora ofendida com palavras como “piranha”, “fdp”, “safada”, “vagabunda”, “covarde” e com ameaças ‘vou te matar”.
Ela disse que sempre possuiu muito receio de denunciar o agressor, pois mora dentro de uma comunidade dominada pelo tráfico de drogas, e acreditava que procurar a polícia lhe causaria problemas na comunidade, bem como tinha medo qe ele viesse lhe matar se procurasse a polícia;
A vítima disse temer por sua vida e sua filha também teme pelo pior. “Mamãe, estou com medo do papai voltar e te matar”, disse a criança
Por medo, assim que teve alta do hospital procurar a delegacia.
Um tio do agressor e a esposa dele foram no hospital procurar a declarante, não sendo permitida a entrada e visita.
Disseram que o irmão do agresesor está bolado e com muita raiva dela;
A prisão do autor foi prorrogada.
FONTE: TJ-RJ