Dois suspeitos que movimentaram juntos cerca de R$ 1,5 milhão para o COmando Vermelho tentaram se livrar da prisão mas não conseguiram.
Um deles praticou 1.068 vezes o crime de associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro e alega que enfrenta problemas psiquiátricos e tentativas de suicídio.
Já o outro, praticou esses crimes 1.144 vezes mas diz que é idoso e com comorbidades (ferida no pé decorrente da diabetes e sem tratamento adequado), sustenta esposa, filha e três netos menores.
Segundo as investigações, que geraram processo sigiloso em 2024, os dois teriam realizado atividades de branqueamento de capitais, movimentando R$ 1.573.950,77, oriundo de crimes praticados pelo Comando Vermelho.
Atuação que teria, em princípio, viabilizado o abastecimento financeiro da organização, bem como da denominada “Caixinha do CV” – fundo coletivo composto por repasses periódicos efetuados pelos responsáveis pelos pontos de venda de drogas, as chamadas “bocas de fumo”. Ressalta-se que este fundo teria por finalidade financiar a expansão territorial da facção criminosa e sustentar atividades ilícitas, incluindo “(i) a compra e financiamento de armas de fogo, munições e drogas; (ii) a concessão de empréstimos e investimento em tomada de território e/ou recomposição financeira; (iii) o pagamento de “pensão” aos membros da facção privados de liberdade; e, ainda, (iv) o pagamento de propinas a agentes públicos.
A prisão deles foi decretada no dia 18.12.24, e cumprida na data de 15.01.25.
Segundo a Justiça, não foi evidenciada estarem os indiciados com extrema debilidade motivada por doença grave, na forma do permissivo legal. Impetração que igualmente não logrou demonstrar eventual deficiência quanto ao tratamento médico por parte da SEAP.
FONTE: TJ-RJ